
Até o século XVI, as
crianças eram tidas como adultos de tamanho menor, adultos em
miniatura, diferindo das outras pessoas apenas por serem menores. Não
tinham, portanto, um estatuto específico. Participavam livremente na
rua dos eventos do cotidiano e de todas as atividades da comunidade:
ritos, costumes, festas, lutas e jogos. Adquiriram conhecimentos da
vida nas interações com os adultos, compartilhando dos seus
trabalhos e de suas brincadeiras, quer misturadas a eles, quer entre
si. Em meio a tudo isso, elas cresciam. Assim, antes do século XVI,
não havia a “infância”: nenhum espaço separado do “mundo
adulto”. Crianças e adultos trabalhavam, viviam, e testemunhavam
nascimentos, doenças e mortes conjuntamente da mesma maneira que
participavam da vida pública (política), das festas, guerras,
audiências, execuções, etc.
Segundo Postman (1999), a criança
da Idade Média tinha acesso a quase todas as formas de comportamento
comuns à cultura. O menino de sete anos, por exemplo, era um homem
em todos os aspectos exceto na capacidade de fazer amor e guerra.
Texto e imagem disponíveis em:
http://alternativorg.com.br/index.php?n_sistema=3040&id_noticia=75
http://karenklabunde.files.wordpress.com/2010/04/menina-mulher11.jpg